VOZES DO TEATRO BRASILEIRO
Mais uma edição do nosso experimento chega ao mundo, a quarta, com o tema “Vozes do teatro brasileiro”, no momento em que se completa um ano que perdemos duas dessas grandes vozes: Zé Celso e Léa Garcia. Esta apresentação pode parecer um pouco esquisita, comigo querendo voltar para o momento em que lançamos o tema e tínhamos o desejo de fazer uma sessão especial para essas duas importantes figuras do nosso teatro. Eu poderia, aqui, só apresentar o que teremos nesta edição, mas sinto vontade de falar o que não teremos: a sessão especial. Acabamos ficando roucos na procura de trabalhos que dessem voz a esses dois grandiosos, lembrando que procuramos trabalhos de graduandos das artes cênicas. Talvez tenhamos procurando em lugares errados, esperado a onde a espera já era anunciada como eterna. Devíamos ter sussurrado por outros cantos. Apesar da ausência da sessão especial que tanto queríamos, essa edição traz montagens imagéticas do artista Daniel Arm, em que Zé Celso e Léa Garcia se fazem presentes. Nossa quarta edição está dividida em três sessões: Vozes dos teatros negros, Uma voz da crítica e Desvios de vozes. Na primeira sessão, Vozes dos teatros negros, você encontrará, no artigo de Thaís Nascimento, uma análise de gênero, raça e classe em um comparativo da dramaturgia Anjo negro de Nelson Rodrigues e Sortilégio de Abdias do Nascimento, além da experiência da Juliana Alves na oficina O ator total, ministrada pelo Samuel Santos, integrante do grupo teatral O Poste Soluções Luminosas, de Recife. Na segunda sessão, Uma voz da crítica, Wellington Junior compartilha conosco uma revisão que fez do seu próprio trabalho como crítico e estudante de teatro, dialogando diretamente com o livro Cabeças decapitadas – dramaturgias e reflexões cênicas, de Jorge Bandeira, enquanto esteve em Manaus através do Festival de Teatro da Amazônia. Na terceira e última sessão, Desvio de vozes, você encontrará uma pluralidade de vozes através dos textos de Alex Vieira, Osmar Vanio, Alexsandra Guimarães e João Pedro Pinheiro. Caminhamos pelo mundo do movimento de um pós-guerra pela Dança Butô; a construção cênica desenvolvida por Ione de Medeiros e o Grupo Oficcina Multimédia, de Belo Horizonte; a criação de redes com o intuito de evitar nossa extinção, através de três textos de autoras contemporâneas; e um texto dramatúrgico. Esperamos que sua experiência com as vozes que conseguimos reunir nesta edição seja positiva.
Vol.4 - n.1 - 2023/2024
IDEALIZADORES
Isabour Estevão
Marjory Leonardo
Matheus Neves
Milena Fernandes
Wellignton Fernandes
LOGO
Alice Cruz
PROJETO GRÁFICO
Milena Fernandes
SITE
Milena Fernandes
EDIÇÃO GERAL
Isabour Estevão
Matheus Neves
Milena Fernandes
Wellignton Fernandes
EDIÇÃO DE TEXTO
Isabour Estevão
Matheus Neves
Milena Fernandes
Wellignton Fernandes
MÍDIAS DIGITAIS
Isabour Estevão
Matheus Neves
Milena Fernandes
Wellignton Fernandes
COLABORADORES
Braúlio Coelho (Revisão)
Daniel Arm (Imagem da Capa e artes visuais)

NOSSAS SESSÕES
APRESENTAÇÃO
(ISABOUR ESTEVÃO)
I GÊNERO, RAÇA E CLASSE EM DRAMATURGIAS DE ABDIAS NASCIMENTO E NELSON RODRIGUES
(THAÍS FERREIRA DO NASCIMENTO )
II CORPO E ANCESTRALIDADE: Processo de Criação de Cena na Oficina O Ator Total
(JULIANA RODRIGUES ALVES)
I CONFLUÊNCIAS ENTRE RECIFE E MANAUS
(WELLINGTON JÚNIOR)
III CRIANDO REDES E APOIANDO-NOS COM O INTUITO DE EVITAR A NOSSA EXTINÇÃO
IV SENHORA: escutando polifonias do silêncio
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